inícios meios e fins

chegamos naquela época do ano que a gente festeja a virada de um mês pro outro porque um carinha há centenas de anos inventou esse calendário que utilizamos hoje. é engraçado porque até ele aparecer só existiam 10 meses, que é por isso que setembro, outubro, novembro e dezembro tem esses radicais que remetem a 7, 8, 9 e 10. mas o carinha novo resolveu adicionar os novos meses ANTES deles que já estavam predefinidos e poder nos confundir e ficar se questionando essas questões idiotas de etimologia.

isso só me deixa mais lelé da cuca quando vamos tratar da passagem de tempo. veja bem, há séculos era usado um calendário que funcionava muito bem, depois disso alguém foi lá e corrigiu porque supostamente estava errado e é isso que usamos até hoje, claro que estou falando só do calendário gregoriano. veja quantos outros calendários existem mundo a fora, cada um com uma data de “ano novo” diferentes seja chinês, muçulmanos, judaico ou budista.

nos prendemos nessas caixinhas de tempo por questões de organização, de metas, de projeções, são 365 (ou 366 (ainda tem isso às vezes)) por motivos reais que nem sabemos, só seguimos as tradições e costumes. isso vale pra tudo, desde dias, semanas e meses.

é tudo tão fugaz, tão efêmero, tão fluido hoje em dia que sinto que nunca estamos aproveitando as oportunidades que o Tempo nós dá, muitas vezes só vemos ele passar por nós e nem acenamos de volta.

comecei a escrever esse texto com um intuito e já mudei totalmente o rumo que eu queria tomar, falaria como muitas ações são impensadas, outras bem programadas nessa caixinha que chamamos de Ano. como depositamos nossas metas e esperanças achando que vai ser diferente só porque mudou um número na data e voltou a ser janeiro novamente, dando a ideia de ciclo, coisas novas, mas é tudo falso. é só mais um dia que muda e todas as suas metas continuam o mesmo e estamos sempre vivendo nessa constante busca por uma meta. se quiser começar, comece. não espere por uma virada de mês, uma virada de ano, o tempo está nas tuas mãos.

e como não temos pra onde correr mesmo, esse texto é um adeus. será o último do ano e o último do medium. ano que vem pretendo mover para o substack porque tenho visto uma migração de usuários bem grande para lá, por hora o medium vai ficar pausado. são muitos anos escrevendo vez ou outra aqui, são muitos rascunhos, são muitos textos editados que foram escritos em lapsos de criatividade ou de desabafo. tentei muitas coisas esse ano, algumas deram certo, outras só pela metade pois não dependem só de mim. mas chego na saída de 2023 satisfeito com o que pude alcançar neste ano.

que a caixinha de 2024 seja tão boa quanto. feliz ano novo.